Noite de inverno em São Paulo. Chove fininho e venta e forte. A temperatura baixa, o vento constante e a umidade, faz aumentar a sensação de frio e faz também com que nos sintamos vulneráveis. Chego em casa por volta da oito da noite com os pés molhados, nariz escorrendo, cabelos úmidos e embaraçados pelo vento e uma tremenda sensação de solidão, mesmo estando morando na maior cidade do País. Falta energia elétrica. Subo meus seis andares, e nesse momento prometo a mim mesma, sabendo que não vou cumprir, que vou iniciar a tão prometida ginástica. Chego ao meu andar completamente sem fôlego. Encontro minha vizinha Anna sentada nos degraus. Está assustada. Eu a pego pela mão e ela se agarra em mim soluçando. Eu Tento acalmá-la, abraçando-a e mantendo seu corpo junto ao meu apertando forte. Ela tem pavor do vento, do escuro, está sozinha e molhada da chuva. O marido viajou. Ao chegar em casa nem entrou no apartamento. Sinto seu corpinho delicado tremer enquanto se desculpa por seus medos. Eu Sempre me insinuo para ela, mas ela é casada e nunca em nenhum momento deu nenhuma chance perceptível para que eu me aproximasse. Quando eu lhe digo alguma coisa picante a respeito de nós duas, ela não diz nem sim nem não, apenas ri. Eu tenho certeza que ela sabe muito bem o que se passa comigo quando eu a encontro, ou quando a vejo caminhar na minha frente pelos corredores do prédio. Nesses momentos, parece que seu corpo ondula ao caminhar, fazendo com que o meu, pareça flutuar acompanhando o seu caminhar e sentindo seu perfume. Eu a levo para o sofá e pego um cobertor. Acendo velas, várias. Sento-me ao seu lado e a abraço. Ela soluça em silencio. Eu a aperto em meus braços e beijo seu rosto. Ela se encolhe no meu peito. Eu beijo rapidamente, varias vezes seus lábios, e os sinto frios e trêmulos. Continuo e sinto que seus lábios, às vezes segura os meus. Então eu a beijo de verdade, sugando seus lábios e tento entrar em sua boca. Ela abre um pouco a boquinha para mim e eu continuo. Não quero parar, mas paro. Converso com ela até que afinal sou premiada com um sorriso. Seu rosto parece ganhar luz própria ao sorrir. E eu que estive me dedicando a extrair isso dela, me senti recompensada. Toco seu rosto de leve e sinto que ela ainda treme levemente.
Corro ao banheiro e coloco a banheira para encher. Estou meio atrapalhada. Corro muito e faço pouco. Fico o tempo todo sorrindo de felicidade por ela estar aí. Pego dois cálices de ?Napoleon? e tomamos de um só gole que é para aquecer. Rimos. A banheira já está cheia e eu a conduzo para lá. Retiro o cobertor dos seus ombros. Desabotôo sua blusa ainda molhada. Retiro-a devagarzinho. Quero ir vendo ela devagar e gravando na memória cada detalhe. As marcas de sarda na pele do seu colo, e dos seios, naquela região que normalmente é atingida pelo sol. Uma sarda um pouquinho maior no seu seio esquerdo. Os seios brancos, empinados arrogantes e hipnotizadores. O frio fazendo que fiquem com as auréolas arrepiadas e os biquinhos deliciosamente pontudos. Parece excitada. Tiro seu jeans. Aparece sua calcinha, de renda florida, bem pequena. Me sinto meio atrapalhada. Ela mesma retira a pecinha delicada e coloca no chão a lado das outras roupas suas e entra na banheira quente. Fico olhando sua bucetinha de pelos muito claros recentemente depilada. Apenas um tufinho estreito e comprido partindo lá de baixo seguindo o sentido do grelinho. Extremamente sexy. Minha boca enche de saliva. Eu pego suas roupas e fico segurando olhando-a dentro da água. Coloco suas roupas na lavadora e volto correndo para o banheiro com mais dois cálices de conhaque. Coloco na banheira, algumas gotas de creme de banho Chanel Nº 5. e fico apreciando seu semblante agora mais calmo, olhos quase fechados, só a respiração demonstra que dentro dela alguma coisa continua em ebulição. Tiro rapidamente minha roupa e entro na banheira com ela. Começamos a tomar o conhaque, agora devagar. Pego uma esponja marinha e passo nas costas dela. desço pela coluna e volto ao seu pescoço. Desço pelos seios. Meu sonho. Desço até o umbigo e depois até entre suas pernas. Ela segura de leve no meu pulso parando os meu avanço. Paro. Só um pouco, volto logo aos seus seios. Fico ali. Depois desço ao umbigo novamente e depois desço mais. Ela segura meu pulso, mas mesmo assim eu avanço. Ela não solta meu pulso mas não impede que eu continue. Solto a esponja e toco com as pontas dos meus dedos a pele macia entre suas pernas. Apenas toco. Ela empina a cabeça e fecha os olhos. Oferece a boca. Eu coloco minha língua entre seus lábios. Ela suga suavemente.
Saio da banheira e a levo comigo. Pego duas toalhas, enrolo uma em mim e começo secá-la com a outra. Lá fora o vento continua, a chuva fina faz um ruído gostoso na janela.
Vou secando sua pele macia e quente do banho, iluminada apenas pela luz oscilante das velas. Centímetro por centímetro. Outra toalha seca. Eu a abraço e coloco minha mão com a toalha seca entre suas pernas. Minha mão se encaixa e eu fico movimentado, fingindo secar. Eu sinto seus dedos apertarem forte o meu pulso. Depois ela segura meu rosto com as duas mãos, e beija repetidamente meus lábios. Eu a visto com o meu melhor roupão felpudo. O mais bonito. Eu me visto apenas com um casaco longo e corro para a cozinha
Faço uma busca na geladeira e nos armários. Encontro resquícios de víveres. Junto alguns e lavo corto frito cozinho jogo sal azeite pimenta, mexo tudo e corto pão meio duro que encontrei e levo para a sala. Pego um vinho(isso tem muito em minha casa), dois copos e coloco tudo na mezinha da sala. Eu me empolgo. Anna está na minha sala, vestida com meu roupão. Nua por baixo dele. Vai deixar seu cheiro nele. Começamos a comer e só então percebemos que estamos famintas. Bebemos. O vinho nos reanima e Anna começa a rir dos seus medos. A luz não volta, mas não faz mal, temos velas. O vento, cúmplice e cupido inesperado, assobia pelas frestas das janelas, provoca um leve calafrio nela e empurra-a para meus braços. Eu passo um braço em torno dos ombros dela e a puxo. Ela vem e se aconchega. Sinto o pulsar do seu coração. Bebemos mais vinho e ela volta a rir dos sustos que o vento prega.
Agora apenas venta um pouco mais forte. Não chove mais. Levo-a para meu quarto. Escolho uma camisola no meu armário e ofereço. Ofereço também uma calcinha esperando ardentemente que ela recuse. Ela pega e vai em direção ao closet para se trocar. E a seguro. Ela deixa o roupão cair, veste a calcinha sem olhar nos meus olhos. Eu seguro a camisola para ela vestir. Ajeito a camisola varias vezes. Ela se deita e eu a cubro com o cobertor. Tiro o casaco. Me enfio nua debaixo do cobertor e a abraço por trás. Toco seu rosto. Está quente como se ela estivesse com febre. No escuro da noite eu coloco a mão na sua coxa. Aliso-a levemente. Delícia. Encosto meu corpo. Abraço, aperto, e minhas mãos encontram seus seios. Eu suspiro e aperto mais. Levanto a camisola dela e puxo sua calcinha. Retiro-a. Encosto meu corpo totalmente. Suas curvas se encaixam nas minhas. Seu corpo está mais quente. Parece ferver. Eu a puxo e viro de costas. Minha mão se encaixa entre suas coxas e minha boca procura desesperadamente seus lábios. Encontra-os umedecidos e abertos para mim. Subo em cima dela. Coloco uma das pernas entre as pernas dela, enlaço sua cabeça e passo meus seios no rosto dela. De repente ela suga meu seio com força me pegando de surpresa e fazendo com que eu dê um pequena gemido. Ela para e fica me olhando interrogativa, pensando ter me machucado. Afundo meu seio em seu rosto e ela volta a sugar, agora menos descontrolada. Esfrego minha coxa no seu grelo. Ela geme e eu beijo sua boca. A luz da vela ilumina seu corpo descoberto emprestando a ele uma cor dourada. Seus movimentos são lentos e decididos. Eu procuro sua buceta com minha boca. sinto que ela fia tensa. Façoa carinhos com as mãos em todo seu corpo e alcanço meu objetivo. Coloco minha língua bem suave sobre seu grelinho, e percebo ele rijo. Percebo o perfume gostoso da sua excitação. E percebo o sabor se espalhar na minha boca. Seus dedos crispam na minha cabeça. De inicio apenas seguram. Depois apertam. Depois empurram forte fazendo minha boca apertar forte sus lábios vaginais. Coloco dois dedos nela. Ela me dá seu grelinho. Ela me dá também todo um movimento circular de quadris. Nossos sons ocupam todo meu quarto. Eu sinto meu orgasmo chegando e não resisto a dar pequenos gritos. Ela chega junto comigo. Depois de beber tudo que ela me dá, eu me deito com o rosto sobre seu ventre e relaxo, com um braço por debaixo de sua perna. Passei a adorar noites de chuva. Com vento sibilante.
Na manhã seguinte, o tempo continua frio, mas tem sol. Pergunto quando o marido volta e ela me diz que era naquele dia mesmo. Pergunto quando ele viaja novamente. Ela baixa o olhar, sorri, e diz que é na semana que vem. Você vem dormir comigo? Ela pega no meu rosto e dá um beijo forte nos meus lábios, sorri o sorriso dos anjos:
-venho para cá assim que o avião partir.
Fico olhando ela ir em direção ao seu apartamento que fica no final do corredor e me lembro da primeira vez que a vi no prédio. Ela se divertia no saguão do prédio, durante um baita e assustador temporal, junto a um grupo de garotas, amigas dela, que estavam ali visitando-a. Será que de repente ela passou a ter tanto medo de chuva assim?